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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Fardos, isso não é um título.

Era uma demência, simplesmente com gosto de ira e nicotina. Era um devaneio perdido e desolado, arranhado pelo consumo e curtição da raiva e da alegria que foram,ambas, remoidas e traspassadas pelas gotas de chuva que caiam do outro lado da janela de um pequeno e solitário prédio, assim como sua cadeia, na cidade grande; e nuvens cinzas, assim como seus pensamentos, tão comuns daquela vista tão acabada, e como acabada, esquecendo a angústia se ser somente só, isso que acabava, era isso que acabava.
Aquela música que possuia seu coração e o transbordava junto com a dupla que formava a dança e a alma, eram apenas expressões, assim como era só o batom vermelho ou o cabelo curto recoberto pelo gel ainda frio na sua cabeça e mente.
Aquele doce que desfazia vagarosamente seu fígado e seu paladar amargo e azedo como seu humor que também era desfeito pelo achar dos verbos viver e seus derivados.
Aquela noite vazia, seu estômago também, o silêncio que é vazio, por mais lotado que estivesse, o cabelo e a pele oleosa, medos que vinham a tona, sentimentos não sentidos apenas conscientizados.
A saudade;
A anciosidade;
O temor;
A ociosidade;
A cautela.
Efeito do álcool fazendo mal, a raiva fazendo mal, indagações significativas sobre a vida, pois a morte... é certa.
E quando tudo se torna um passado irreal, ainda sente a embriaguez que resta do sono pesado, que modifica e desacelera seus pensamentos, o sono justifica a vontade de dormir profundamente e literalmente, ou não.

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